quarta-feira, 2 de junho de 2010

NOSSO COLIBRI

Por: Cacau Monjardim

Trouxemos da nossa experiência como jornalista que exerceu na mídia as mais diversas funções, uma verdadeira paixão pela propaganda, o que nos permitiu representar como redator durante anos a Revista Propaganda, à época uma bíblia dos publicitários do país.
Foi esta identidade que justificou a criação da Seta Propaganda, que ao lado da Eldorado Publicidade, foi responsável pela modernidade e pelos conceitos técnica impostos ao jovem mercado.
Com esta afinidade e com o respaldo de nossa passagem dinâmica pela mídia, em variados segmentos, chegamos pela primeira vez à elevada função de Secretário de Estado da Comunicação Social.
Em 1986, como Secretário, nos empenhamos para dar uma nova configuração ao relacionamento Governo-Mídia, introduzindo critérios abertos e profundamente profissionais a estrutura da comunicação oficial.
Nascia com determinação à idéia de criar um prêmio que pela sua importância para a criação e o desenvolvimento da publicidade capixaba, sustentasse o objetivo de emprestar ao processo de divulgação do Estado, nos segmentos públicos e privados, um ar de modernidade e, sobretudo, uma imagem que traduzisse o verdadeiro estágio de criatividade e competência de nossos profissionais.
Convidamos dois publicitários, que dirigiam com autoridade duas das principais agências daquela época e colocamos nas mãos da Associação que eles representavam a sugestão do prêmio “Colibri de Ouro” e a responsabilidade pela elaboração de um regulamento e dos critérios que deveriam presidir o evento. Nós garantimos a oficialização do prêmio em decreto do Governo e também a cobertura de todas as despesas necessárias à viabilização da importante iniciativa.
Passados tantos anos o prêmio considerado e respeitado pelo mercado nacional, ostenta o título de maior e mais tradicional prêmio da propaganda regional.
No entanto, apesar desta bagagem de sucesso, a atual direção da Sinapro/ES tentou mudar o “colibri”, chegando a sugerir uma nova composição artística para o aplaudido símbolo. Fomos contra e seremos, sempre, contra esta inoportuna e injustificável postura. Chegamos a manifestar a nossa opinião, afirmando que se fosse mudada a imagem e o porte artístico e profissional do “colibri” que o fizessem, trocando-o por um avestruz.
Prevaleceu o bom senso. Uma comissão indicada pela Sinapro resgatou a maioridade do prêmio, decretando a permanência do velho, arisco, suave, doce e brilhante “Colibri”, um orgulho dos publicitários capixabas.
Anuncia a Sinapro/ES que ele terá um parceiro, o “Colibri Nacional”, com vida e regulamento próprios. Torço para que o velho e o novo, cada um no seu segmento, sejam irmãos siameses, em termos de criatividade e bom senso.
J.C. Monjardim Cavalcanti é jornalista, ex- Secretario de Estado de Comunicação e Diretor da Fundação Jônice Tristão

NB: Alguém sabe explicar porque se mudar algo consolidado, de sucesso e respeitado como é o Prêmio Colibri?

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