sábado, 22 de maio de 2010

O GRUPO JOÃO SANTOS

A Eldorado Publicidade aconteceu no acanhado mercado, na verdade. A ponto de sermos chamados para uma reunião com o megaempresário João Santos Filho, do Cimento Nassau – o Cariê, o Gilberto Pacheco e eu, em sua agradável casa de Cachoeiro do Itapemirim. Ele tinha intenção de “entregar” a conta publicitária do grupo à nova agência.
Conversamos muito. Sorvemos também – muito até – algumas boas doses de uísque enquanto a conversa esticava por horas. Gilberto se precaveu do uísque porque dirigia seu possante Fusca, que nos levou e trouxe – na manhã seguinte. O jovem empresário nos recebia sem pressa, via-se claramente. Entrecortando a conversa sobre o objetivo da nossa ida, ele e eu conversamos muito sobre jornal, sobre A Tribuna. Pouco depois, soube através do Geraldo Correia Lima, advogado do grupo, que “o João tinha a intenção de levar você pro seu jornal”.
Não o fizera, entretanto, ironicamente por que “me venderam” a ele como “comunista”. Ironicamente, sim, pois no seu jornal trabalhavam alguns bons profissionais, comunistas de carteirinha, coisa que jamais fui.
Um anarquista, no máximo. E a coluna “Diagonal” de A Gazeta revelava isso nas entrelinhas. E nas linhas, também. A conta do grupo João Santos acabou não vindo. Nunca soube dos reais motivos. A conversa pairara num patamar superior – entre o empresário pernambucano e o capixaba Carlos Fernando Lindenbergh, então uma celebridade local – filho de ex-governador, dono de A Gazeta, compositor..

Oleari vai nos contar sobre a Garoto, aguardem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário